O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (16) uma série de procedimentos para combater os abusos cometidos por padres. Uma carta foi distribuída a bispos do mundo todo.
A pedofilia não é só um delito canônico, mas um crime que afeta toda a sociedade, e os bispos terão que cooperar com as autoridades civis.
A carta orienta os bispos a não se calarem diante de atos de abuso sexual. Não apenas aqueles praticados por padres, mas também pelos leigos que trabalham em instituições religiosas.
E ainda traz uma cobrança: é preciso mais atenção na hora de selecionar candidatos ao clero e expulsar imediatamente os que possam vir a abusar dos fiéis.
O documento da congregação para a doutrina da fé também recomenda às conferencias episcopais que as vítimas de violência sexual sejam ouvidas e assistidas espiritualmente. O texto vai servir de base para as novas leis da Igreja, que serão formuladas até 2012.
As regras foram apresentadas à imprensa pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
A Igreja Católica também decidiu equiparar à pedofilia os abusos contra pessoas com problemas mentais. Regras iguais passam a valer para ambos.
As novas normas prevêm "prodecimentos acelerados" para tratar os casos mais urgentes e graves, permitindo a designação de leigos para integrar os tribunais eclesiásticos.
As normas aparecem depois de uma série de escândalos de abusos sexuais envolvendo o clero em várias partes do mundo.
Contudo, elas não citar a obrigatoriedade de as autoridades eclesiásticas locais entregarem às autoridades civis os suspeitos de abuso -o que era uma das principais demandas dos grupos que defendem vítimas da pedofilia.
Mulheres sacerdotes
O documento também reafirma a posição da Igreja Católica contrária à ordenação de mulheres sacerdotes.
Qualquer tentativa de ordenar uma mulher constitui um delito grave contra a fé.
Fonte G1
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