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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Catador que achou bebê no lixo revê filho após um ano - Resumo



(* Fonte - Globo*)


A História do encontro da pequena
Vitória pelo catador de lixo.
Vídeo da Globo

Rosineide Lins, de 39 anos, confessou à polícia ser a mãe da bebê deixada na caçamba de entulho. Ela disse que abandonou a criança logo após o parto. O advogado dela alegou que sua cliente sofre de depressão pós-parto.

A "Mãe"



A pequena Vitória no hospital





O catador é visto pela população como herói.

Mas ele tem uma imensa tristeza no coração, o morador de Rua há um ano não via o filho e estava deprimido.

Você vai se emocionar


“Sabe para que serve a dor? Para lembrá-lo de que ainda está vivo. A saudade, para mim, é isso”, revela o catador Andrey Antunes Menezes.


A dor da saudade do filho distante. Esse foi o primeiro sentimento de Andrey ao encontrar um bebê no meio do lixo.


“Você daria a sua vida pelo seu filho? Você não precisa de um tempo para pensar: ‘ah, espera aí, Deixa eu pensar um pouco’. Nada. Você daria? Sim! Você pensa sem pestanejar”, garante Andrey.
Pai de um garoto de 10 anos, o catador de latinhas Andrey Menezes, de 35 anos, resolveu agir.

Quando encontrou o bebë no lixo, Andrey não acreditou.”É o que eu falei: você não quer acreditar. Eu falei: ‘é uma boneca’. A hora que eu abri, fui para trás: ‘não, é uma criança’. Quando eu abri novamente, ela não chorou. Ela só mexeu o lábio, como se quisesse mamar. Daí meu coração veio na boca”,


O bebê, uma menina, recebeu alta na sexta-feira. A mãe, filmada abandonando a criança, ainda está presa. Uma tia recebeu a guarda provisória. Depois de buscar ajuda, Andrey foi embora sem se importar se alguém lhe agradeceria ou não.


“Não esperar nada em troca. Eu fiz o bem àquela pessoa. Poxa, eu fiz o bem a ela, ajudei tanto aquela pessoa e agora ela não quer fazer nada por mim? Não interessa. É o teu perfil. Você ajudou, não queira nada em troca”, comenta.


Mas depois que as imagens e a identidade do benfeitor se tornaram públicas, o reconhecimento foi imediato. Principalmente, entre os colegas de trabalho de seu último emprego, como bilheteiro na rodoviária de Praia Grande.
“Você foi um herói. Foi um herói mesmo!”, afirma um colega de Andrey,


“Passando na rua, a pessoa diz: ‘aí Andrey! Aí herói!’ Com essas palavras mesmo. Aí eu fico super sem graça”, surpreende-se o catador.


Andrey, às vezes, some na primeira esquina.“Sou apaixonado por história em quadrinhos. Eu gosto muito do Batman. E o Batman tem essa característica. Ele faz o bem. Quando a pessoa vai cumprimentar, cadê o Batman? Já foi”.


O Batman de Praia Grande aceita as homenagens. Mas recusa a ideia de que é preciso ser super-herói para fazer o bem. Se nem o seu ídolo tem superpoderes, por que ele deveria ter?


“Ele não solta raios gama pela mão, ele não voa nem lê seu pensamento, não é verdade? É uma pessoa comum, como qualquer outra. A gente pode fazer o papel dele também”, explica Andrey.


Mas quem é o homem que comoveu o Brasil? E por que ele mora na rua?


Ele fez o ensino médio e parece uma pessoa bem preparada, se expressa bem. “Eu leio e gosto muito de usar o português. E eu lia dicionário inglês-português e português-inglês. Sozinho”, conta.


Andrey trabalhou a vida inteira. Mas entrou em depressão depois que se separou e o filho foi morar com a ex-mulher em outra cidade.


“A saudade e a tristeza acabam com a autoestima. Eu falei: ‘você podia me dar um terno todinho de ouro’. Não ia ser a mesma coisa. Autoestima lá embaixo”, revela Andrey.


A depressão foi ao limite há cerca de um mês, quando ele foi morar na rua.


E se surpreendeu ao ver que podia causar medo.“Eu estava pela rua. Aí veio uma senhora e uma criança que estava do lado, Aí ela falou assim para a criança: ‘me dá a mão! dá a mão para mim!’. Eu me senti o velho do saco”.


Mas agora ele é o Batman. “Eu sou o Batman. Eu falei: ‘eu só preciso de um uniforme’. Eu ainda brinquei: ‘mas nada de capas!’”, brinca. E ele quer sair da rua. “Eu nunca quis estar na rua, digamos assim”.


Ser reconhecido traz felicidade? Feliz mesmo ele ficou quando o filho nasceu.”Era um inverno, eu lembro que eu fiquei de sentinela com medo de alguem trocá-lo no hospital. Sou um baita coruja. Tanto é que eu levei meu filho até os 8 anos no colo. As pessoas falavam assim: ‘põe a criança no chão, lugar de criança é no chão’. Eu falava: ‘é você que está carregando? Quem está carregando sou eu’”, lembra.


Faz um ano que ele não vê o filho. “Muitas vezes, a saudade é tão grande que eu acabo nem contando os dias. Todo o dia é o mesmo. Todo dia é a mesma saudade. Todo dia é a mesma tristeza”, lamenta.


De todos os desdobramentos desse episódio o mais importante para o Andrey talvez seja a possibilidade de refazer a vida, de dar uma virada e superar a dificuldade pela qual ele está passando. Ele decidiu embarcar nessa nova etapa na rodoviária de Santos, rumo a um reencontro ansiosamente desejado.

A ex-cunhada viaja com ele por 170 quilômetros. Quatro horas de viagem até São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. E uma ansiedade tremenda. ”Não dormi”, diz.

Já o estão esperando na casa da avó. A mãe do menino preferiu não aparecer. Ele reencontra o filho Andrew, que não desgruda do pai.

“Fiquei muito feliz. Ele foi um herói”, alegra-se Andrew.
Permanecem longo tempo em silêncio. Mas o microfone capta o que o coração fala. Dava para ouvir as batidas do coração.


Os dois se divertem a valer. A pretexto de um passeio, Andrey desfia um repertório de conselhos paternos.


“Não vai na onda de ninguém. Não vai, porque existe gente malvada. Se perder, chama, para a polícia na rua. Pede informação para um policial”, aconselha.


Andrew revela apenas um desejo.“Meu sonho é que ele tenha uma casa para que eu, nas férias da minha escola, possa morar com ele, ficar com ele”.


Andrey se despede deixando para o filho o único, mas talvez o mais precioso presente que ele seria capaz de oferecer.“Eu sempre falei para o meu filho: seja um homem bom e lute sempre contra o mal. Porque a gente pensa que não, mas o mal está sempre aí. O mal existe. Sim, nós somos do bem, somos a maioria, mas o mal existe”.



Obrigada Andrew Batman
por essa lição de vida!

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