
Fonte O Glogo
SÃO PAULO - A polícia investiga um vídeo colocado na internet que incentiva o uso da droga conhecida como "Nine nine". Ao som de funk, um rapper incentiva o uso da droga e afirma que é possível encontrá-la em duas cidades da região de Campinas - Santa Bárbara D'Oeste e Americana. A droga é divulgada pelos traficantes como "Cocaína 99" ou "Nine nine", que teria 99% de pureza.
O vídeo mostra imagens da droga e foi postado há 11 meses na rede, mas só agora a polícia teve conhecimento do caso. A Delegacia de Entorpecente de Americana rastreia para descobrir quem postou o vídeo na internet.
Segundo o delegado Luiz Carlos Cezarine, que apura o caso, a polícia já identificou duas pessoas que participaram da montagem do vídeo. O DJ Boni foi ouvido pelo delegado na tarde desta terça-feira e afirmou ter colocado o áudio na montagem. Ele disse que a vinheta usada é a mesma que ele usa em bailes funks.
Segundo o DJ contou à polícia, a voz ouvida no vídeo é de uma pessoa identificada como MC Ursoo. Ele também seria o autor da letra.
- Vamos ouvir o MC Ursoo. Mas ainda falta identificar quem postou o vídeo na internet - disse o delegado.
Cezarine disse que computadores pertencentes ao DJ Boni foram apreendidos para investigação.
A cocaína mostrada no vídeo é semelhante a uma quantidade do entorpecente apreendida pela polícia na quinta-feira passada: cerca de um quilo embalado em um tubo preto. A droga foi apreendida no limite de Americana com Santa Bárbara D'Oeste.
Segundo especialistas, a principal característica que distingue as cocaínas é a cor. A cocaína mais pura é branca, enquanto a comercial é amaralada. Para a toxicologista Silvia Cazenave, o risco é ainda maior para o usuário que usa a droga pura.
- Uma pessoa que vai usar uma cocaína que tem grande concentração pode cometer um erro. Consumir uma dose maior do que ela pode suportar e ter uma overdose, que pode levar a pessoa a morte - afirma.
Segundo o delegado que investiga o caso, Luiz Carlos Cezarine, fazer propaganda do uso de droga é crime, com pena entre um e três anos de prisão. Cezarine disse que, como o vídeo foi postado na internet há 11 meses, não existe mais possibilidade de flagrante.
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